28 setembro 2009

The End

Hoje acaba este blogue. Construi-o há 2 anos atrás com o objectivo claro que contribuir para uma mudança política e de mentalidades em Portugal. O povo não quis mudar muito, e ficou quase na mesma. Pouco importa isso agora.

Continuarei a escrever sobre política e outros temas no Era Mais um Fino. Até lá. Espero as vossas visitas.

E acabou assim...

O resultado está feito. Grande parte do povo português preferiu lembrar-se do caso das escutas e esquecer o caso da TVI e do Jornal de 6ª. Preferiu lembrar-se do caso António Preto e esquecer-se do caso Freeport. Preferiu lembrar-se do Sócrates dócil e suave dos ultimos 2 meses e esquecer-se do Sócrates animal feroz dos últimos 4 anos.

Os números dizem que o PS perdeu 500.000 votos. O PSD ganhou 10.000 votos, o CDS ganhou 180.000 votos, o BE ganhou 110.000 votos e a CDU ganhou 15.000 votos. Todos ganharam, o PS perdeu.

Também é um sinal forte o facto de ter havido 160.000 pessoas que se deslocaram à urna e que votaram branco ou nulos. Além disso, os pequenos partidos foram uma desilusão em relação às Europeias, principalmente o MEP.

Nestas eleições, ao nível das votações, apenas uma coisa se confirmou. Ou melhor, se reconfirmou e voltou a confirmar. Perante o cenário nacional desfavorável, Alberto João Jardim deu um banho aos Socialistas: 66.000 vs 26.000 votos.

Conclusão disto tudo... o PS ganhou, Sócrates vai formar Governo. Por preconceito (e esquecendo o bem de Portugal) parece não querer coligar-se com o CDS. Um governo minoritário haverá de acabar daqui a 2 anos, tal como o de Guterres.

27 setembro 2009

Uma solução para o voleibol

Como interessado no desenvolvimento do voleibol em Portugal, e analisando a realidade da modalidade no nosso país, sugeri uma hipótese para solucionar o problema, escrevendo este artigo de opinião no Sovolei.

Em Portugal a modalidade de voleibol, comparada com outras, é de uma pobreza extrema. E isto passa-se em todas as áreas que envolvem a actividade desportiva. O voleibol não tem comparação sequer, com outras modalidades praticadas no nosso país. Isso vê-se bem se analisarmos os resultados
obtidos em competições de nível internacional. De 5 em 5 anos temos uma equipa que faz pequenas surpresas no estrangeiro (Castêlo da Maia, Vitória, CA Trofa, CD Ribeirense). Temos, todos os anos, equipas que têm direito a participar nas provas europeias e abdicam. E porquê?

Actualmente, os clubes pagam tudo. As despesas são com os atletas (mesmo quando estes estão ao serviço das selecções), os árbitros, as viagens, as estadias, os pavilhões, etc. E, hoje em dia, que clubes podem suportar isto?
Só temos meia-dúzia de clubes totalmente profissionalizados e mesmo esses perdem dinheiro com o voleibol. Conseguem é suportar-se noutras receitas, vindas principalmente do futebol (como SL Benfica e Vit.Guimarães) das autarquias ou dos governos regionais (casos de CD Ribeirense e CS Madeira).
Esta é a razão para o nosso voleibol ser tão fraco.

Podemos com toda a certeza dizer, que a modalidade sobrevive apenas por causa do esforço tremendo dos atletas, do trabalho incrível dos técnicos, da dedicação imensa dos directores e da muita carolice de outros amantes da modalidade. Para quem gosta de voleibol e vive esta modalidade com paixão,
chega a ser cruel a forma como são (des)tratados todos estes intervenientes, pelas autoridades que têm a responsabilidade de gerir o voleibol.

Parece-me evidente que passados tantos anos, a solução só pode passar por criar uma Liga de Clubes, para que seja esta a gerir os campeonatos nacionais. Assim, os reais interessados (os clubes) poderiam fazer um melhor trabalho, já que sabem bem as dificuldades e necessidades que têm. Mais
ainda, sendo eles os interessados zelariam sempre pelo seu desenvolvimento em vez de andarem a trabalhar em prol de objectivos pessoais ou políticos.
Em conjunto, os clubes saberiam gerir melhor os horários das partidas, as transmissões na TV, as incursões nos orgãos de comunicação social, os direitos publicitarios, etc.

Em todos os países - que são actualmente as maiores potências do voleibol - existem Ligas de Clubes que organizam os campeonatos nacionais. Na Europa, veja-se bem o exemplo da Itália que é talvez o expoente máximo do voleibol europeu. Basta visitar e pesquisar um pouco o site da Liga (feminina: www.legavolleyfemminile.it e masculina: ww.legavolley.it), para se perceber o porquê da dimensão do voleibol neste país.

25 setembro 2009

Coincidências... ou não.

Luís Filipe Menezes esteve calado até agora, sem interferir na campanha. E no último dia de campanha tem estas declarações, que ainda por cima saem num artigo de opinião publicado num jornal espanhol que faz parte do grupo PRISA... sim o mesmo grupo que afastou Moniz e Manuela Moura Guedes, acabando com o Jornal de 6ª feira.

Será que alguém acredita que os espanhóis estavam mesmo interessados em saber a opinião do Presidente da CM Gaia sobre o TGV? Ou será que esta notícia tinha como objectivo interferir na campanha portuguesa? E ainda por cima sai num jornal do grupo PRISA. Coincidências... ou não... Ao menos confirmamos quem é e ao que vai Luis Filipe Menezes.

Agora que estamos a 2 dias das eleições

Ainda alguém se lembra que Charles Smith disse "O PM é corrupto. Este tipo, o Sócrates era Mininistro do Ambiente no final em Março 2002. Foi ele que aprovou este projecto do Freeport"

E será que ainda alguém se lembra que tio de Sócrates admitiu que seu filho inventou um e-mail com o nome do primo (j.socrates@neuroniocriativo.pt) para justificar cunhas na empresa Smith & Pedro?

E recordam-se que Paula Lourenço, advogada dos 2 arguidos do processo Freeport, é amiga de José Sócrates?

E além disso já se esqueceram que esta Paula Lourenço é também advogada da empresa JP Sá Couto, que está a produzir os célebres ‘Magalhães’?

E não se esqueceram também que António José Morais (arguido no caso Freeport), foi o professor das 4 cadeiras feitas por José Sócrates na Universidade Independente.

24 setembro 2009

Agora que estamos a 3 dias das eleições

Ainda alguém se lembra que José Sócrates comprou a sua casa - um apartamento num edifício de luxo na Rua Braancamp, em Lisboa - por metade do preço daquilo que outros compradores gastaram?

Programa do PSD (III)

Sobre a Justiça:
"Portugal tem hoje uma justiça demorada – mesmo intoleravelmente morosa e ineficaz –, em que é difícil confiar para resolver um litígio a tempo. A justiça é hoje, mesmo, um dos principais problemas – senão até o principal – que tolhe as nossas possibilidades de desenvolvimento.

O nosso compromisso:

- Para
servir os Cidadãos e as Empresas, apostaremos na melhoria da eficácia e eliminaremos as possibilidades de dilação e manipulação do processo, com vista a evitar a sua instrumentalização.

- Criaremos
juízos de execução, pondo fim a um dos principais problemas da justiça hoje em Portugal, que é o da quase impossibilidade de ver concretizadas na prática as decisões dos tribunais.

- Informaremos os cidadãos e as empresas sobre o
limite indicativo de duração razoável dos seus processos, que garanta a segurança jurídica e a justiça, bem como sobre a data previsível para neles ser proferida decisão.

- Criaremos novos
incentivos a meios alternativos de resolução de conflitos (arbitragem, mediação).

- Retomaremos e completaremos a
liberalização do notariado.

-
Desburocratizaremos os actos administrativos que notários e conservadores têm de praticar e reduziremos o número de obrigações contabilísticas e declaratórias dos cidadãos e das empresas.

-
Reduziremos os encargos e simplificaremos os procedimentos para obtenção de um registo ou de protecção da propriedade industrial.

- Consagraremos n
ovos direitos de protecção e intervenção da vítima.

- Reforçaremos a
prevenção da corrupção com regras simples e transparentes, diminuindo as possibilidades de favorecimento por ajuste directo ou de fraude às regras da contabilidade pública.

- Introduziremos novos mecanismos de
prevenção e de transparência na actividade negocial dos entes públicos.

- Daremos real combate à corrupção a todos os níveis, e reforçaremos a
repressão do enriquecimento injustificado no exercício de funções públicas.

- Recomendaremos que requeira a
prisão preventiva em caso de suspeita grave e séria de violência doméstica, violação e coacção sexual.

- Reveremos concomitantemente o modelo de
remuneração de juízes e de magistrados do Ministério Público, para incorporação de uma componente que varie em função de indicadores quantitativos e qualitativos sobre o seu trabalho."

Agora que estamos a 3 dias das eleições

Ainda alguém se lembra que a revista Visão publicou em 2007 uma notícia onde dizia existir, na dependência do gabinete do Primeiro Ministro, um serviço paralelo e ilegal dos serviços de informação?

23 setembro 2009

Teoria da Conspiração

Toda esta questão à volta das escutas ao PR parece ser encenada. Dá a impressão de que tudo isto foi armado com um propósito bem definido. Mas talvez o objectivo de que alguns analistas falam não seja realmente o verdadeiro.

Há muito que se fala de uma alteração do sistema político português (mesmo que temporariamente). Grandes e pequenas figuras dos dois maiores partidos (PS e PSD) e também de outros quadrantes da sociedade já disseram em público que seria uma forte hipótese - para resolver a crise que atravessamos - ter um regime presidencialista.

Todos falam nisto tendo como pressuposto que Cavaco Silva seria o presidente que iria liderar esta mudança e que portanto nomearia um governo "de salvação". Conhecendo Cavaco sabemos que este governo não comportaria 99% dos políticos de hoje (nem de PS, nem de PSD).

Assim, parece óbvio que toda esta questão das escutas foi inventada por alguns elementos do PS, em conjunto com outros do PSD, para definitivamente "deitar abaixo" Cavaco Silva antes da decisão das legislativas. É que a hipótese de que falei atrás poderia ser posta em cima da mesa, desde já, caso nenhum dos partidos tivesse maioria.

(todas as notícias sobre este caso aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui, aqui ou aqui)

Programa do PSD (II)

Sobre a solidariedade:
"Cerca de um quinto dos nossos concidadãos pode ser definido como pobre. O desemprego ameaça atirar cada vez mais pessoas para uma situação de necessidade económica. E há também um número crescente de “novos pobres”, isto é, famílias que são atiradas para o limiar da pobreza sem nunca antes terem conhecido essa realidade.

- Discriminaremos positivamente as famílias de menor rendimento e com maior número de filhos.

- Eliminaremos quaisquer situações de discriminação negativa das famílias sob o ponto de vista fiscal, e ponderaremos novas possibilidades de tornar fiscalmente relevante o número de membros que compõem o agregado familiar.

- Valorizaremos o papel das instituições privadas de apoio social e de instituições públicas locais no combate à pobreza.

- Criaremos um Fundo de Emergência Social destinado a reforçar o trabalho das instituições de solidariedade social.

- Criaremos incentivos ao voluntariado na área social, com a valorização, em termos a definir, do respectivo tempo de apoio para efeitos de segurança social.

- Melhoraremos a eficácia do Rendimento Social de Inserção, com reforço dos compromissos contratuais na sua atribuição (prestação de trabalho pelos beneficiários do RSI saudáveis e em condições de trabalhar)

- Criaremos programas específicos, escola a escola, com grupos multidisciplinares, de combate ao abandono escolar.

- Promoveremos o investimento e o financiamento para aumento da cobertura de creches a nível nacional.

- Fomentaremos uma cultura favorável à adopção de crianças.

- Na saúde, comprometemo-nos com a universalidade no acesso aos cuidados de saúde.

- Agiremos para aumentar a eficiência e reduzir o tempo médio em lista de espera.

- Alargaremos progressivamente a liberdade de escolha pelo utente dos prestadores de serviços de saúde.

- Reforçaremos o combate ao desperdício e à ineficiência na mobilização dos recursos materiais e humanos pelos serviços públicos de saúde.

- Rejeitamos a introdução de co-pagamentos ou taxas moderadoras mais elevadas.

- Promoveremos o recurso a medicamentos genéricos.

- Reveremos o sistema actual de comparticipação do medicamento, no sentido de aumentar as comparticipações para os que têm menos rendimentos ou doenças crónicas de medicação pesada ou permanente.

- Manteremos o regime da Segurança Social nos seus traços essenciais.

- Dedicaremos especial atenção ao combate à pobreza entre idosos, mantendo o nível de prestações sociais existentes.

- Combateremos a criação de bairros exclusiva ou predominantemente habitados por imigrantes, que possam tender a tornar-se focos de pobreza concentrada ou de outros problemas sociais.

- Promoveremos a inserção sócio-profissional da pessoa com deficiência.

- Discriminaremos positivamente os alunos com necessidades educativas especiais e o ensino especial."